A iniciativa do Instituto Brasileiro de Estudo e Gestão da Inadimplência - IBeGI gera agradecimentos e cumprimentos pela  publicação do Livro “ Otimização na Recuperação de Ativos Financeiros” , pela importancia das matérias , dos renomados articulistas, das valiosas informações e pelo envolvimento proporcionado. Seguramente um marco relevante para o segmento e para o mercado

Vejam a repercussão!

PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTO DOMÉSTICO (Lição 2)

Postado por IBeGI em terça, novembro 13, 2012 Em: Imprensa
Artigo do livro "Otimização na Recuperação de Ativos Financeiros" - Transformado em lições sobre Educação Financeira 

   Vicente P. Oliveira (*)


planejamento financeiro tem no orçamento doméstico seu instrumento estratégico, um guia para ação. Ele é a ferramenta econômico-financeira necessária para indivíduos e famílias (de todos os níveis de renda) gerirem receitas e gastos, controlar dívidas, elaborar planos para a conquista de sonhos familiarmente acalentados. 

Mas, mesmo antes de ser estruturado como documento que lista “entradas” e “saídas” econômico-financeiras da unidade familiar, a elaboração do orçamento doméstico deve ser precedida pelo estabelecimento dos objetivos a curto, médio e longo prazos daqueles que a compõem. Adquirir um imóvel? Em quanto tempo? Férias? No país ou no exterior? Quando? Estudo dos filhos ou do próprio casal. No país ou no exterior? Constituição de reserva de segurança para emergências. Aposentadoria complementar. Aplicações financeiras? A definição desses objetivos e metas servirá para a correta gestão da execução do orçamento doméstico.

Este orçamento é a chave para orientar o consumo dentro das possibilidades de cada família, conhecer a natureza e prever a evolução dos gastos domésticos e, consequentemente, gastar menos do que se ganha. A adequada, correta gestão do orçamento familiar ajuda assegurar o pagamento das contas no vencimento, dispor de fundos para cobrir gastos emergenciais e, ainda, alcançar as metas financeiras desejadas e programadas.

É fundamental a participação de toda a família na elaboração e gestão do orçamento, pois, dá a extensão do envolvimento e do comprometimento de cada um. Nesse aspecto, considerações sobre permanência no emprego, condições de saúde dos membros da família, objetivos no horizonte do tempo (férias, viagens, investimentos etc.) devem estar presentes no momento da sua (periódica) formulação e revisão para assegurar e garantir seus fundamentos.

A elaboração do orçamento doméstico é, normalmente,feita em três etapas. A primeira parte da peça refere-se ao calculo das receitas que a família (ou o individuo) recebe e que corresponde às “entradas”, montante da renda familiar que define seu poder de consumo. É importante observar que“entram” na planilha somente aqueles valores que podem ser, efetivamente, considerados recebíveis. Não vale colocar ali a comissão que “será” recebida caso algum negócio em andamento seja realizado ou o ganho por um trabalho, cuja proposta ainda está em discussão. Da mesma maneira, não faz sentido constar do item “receitas” os limites dos cartões de crédito ou dos cheques especiais.

A listagem dos gastos vem em seguida e constitui a segunda etapa do trabalho de planejamento financeiro e elaboração do orçamentação familiar. Por razões unicamente metodológicas, convém agrupar ou classificar os gastos em fixos (aluguel, condomínio, empregada, impostos, clube, seguro saúde) e variáveis (transporte/combustível, alimentação, agua, luz, trelefone). Deve-se levar em conta a existência de gastos semivariáveis e as chamadas ”despesas invisíveis”, pequenos gastos que, somados, podem fazer diferença.

A terceira e estratégica etapa da elaboração do orçamento familiar é a da verificação da diferença existente entre as “entradas” e as “saídas”, cujo propósito é avaliar a real situação e estabelecer as maneiras de enfrentá-la, seja ela favorável ou adversa.

Elaborado o planejamento, começa a gestão orçamentária, que consiste no acompanhamento temporal e no controle da execução daquilo que ficou acordado e programado. De nada adianta um bom planejamento financeiro se ele não é obedecido no dia-a-dia. Aqui assume extraordinária importância o chamado consumo consciente, hábito que reflete os valores da cidadania.

Por fim, é importante ressaltar que o planejamento financeiro está no começo de tudo. Do casal que recém começa a vida a dois, da criança que passa a receber sua mesada e precisa saber como controlá-la, de quem está esperando o primeiro filho e precisa preparar-se orçamentária e financeiramente pelo menos com um ano de antecedência, do aposentado que precisa (aprender) a viver com rendimentos limitados. E assim por diante.

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(*) – Economista. Membro do Conselho Editorial do IBeGI. Foi Secretário das Finanças do Município de São Paulo e Secretário Adjunto da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo.

Em: Imprensa 


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